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Muito se fala sobre a importância de aprender inglês para o mundo, seja para ingressar em uma universidade estrangeira ou conquistar uma posição mais competitiva no mercado de trabalho, mas, na realidade, a aprendizagem de um segundo idioma na infância está além de uma obrigação social imposta pelos modelos acadêmico e de mercado que vemos hoje. Essa aprendizagem influencia a construção de personalidade de uma criança, pois abre um leque muito maior para que tal criança consuma diferentes desenhos, filmes, livros e músicas em seus idiomas nativos, o que, futuramente, será muito importante para o seu entendimento cultural do mundo e lhe permitirá um acesso mais fácil a diferentes realidades culturais.
Ao aprender um segundo idioma, a criança torna-se mais criativa, aumenta seu pensamento crítico e melhora a flexibilidade da mente. Uma criança processa e absorve informações de forma diferente do que um adulto uma vez que seu cérebro ainda está em desenvolvimento; sendo assim, também aprende mais rápido.
Começando cedo, o aprendizado deste segundo idioma ocorre de forma natural e não somente em conjunto com o desenvolvimento cognitivo da criança, mas também com o desenvolvimento de sua própria língua materna. Crianças demonstram menos vícios de linguagem, menos bloqueios e, o mais importante: crianças não têm medo de errar.
O erro faz parte do processo, mas, muitas vezes, nós, adultos, temos a mania de querermos “ser perfeitos”. Como professora, é fácil perceber o receio de certos alunos ao tentarem se expressar na frente dos demais colegas – não querem demonstrar suas falhas, dificuldades ou fragilidades.
Muitas vezes, um adulto deixa de falar para não errar. Enquanto isso, ontem mesmo uma aluna de 12 anos levantou a mão, pediu para ir ao banheiro e disse “teacher, please, I need to go to the restroom, I’m very apertated”. Ela sabia que talvez a palavra apertated não existisse (e não existe), mas, mesmo assim, ela tentou. E aí eu expliquei que era melhor dizer “I really need to go to the restroom” (eu realmente preciso ir ao banheiro), e, just like that, ela aprendeu a forma correta.
O fato é que se ela não tivesse tentado, se tivesse simplesmente dito a frase decorada “May I go to the restroom?”, ela não teria aprendido uma nova forma de se expressar – nem ela, nem os amigos, que também não sabiam, e agora sabem.
O que fica claro pra quem convive no meio do ensino em inglês, como eu, é que, quanto mais cedo se inicia o processo, maiores são as chances de ele dar certo, pois podemos nos aproveitar tanto das vantagens fisiológicas, como memória melhor e cérebro em pleno funcionamento, quanto das sociais, como a falta de medo de cometer um erro, e aprender a partir dele.
Escrito por Marina Valle, professora do BRASAS.
Muito se fala sobre a importância de aprender inglês para o mundo, seja para ingressar em uma universidade estrangeira ou conquistar uma posição mais competitiva no mercado de trabalho, mas, na realidade, a aprendizagem de um segundo idioma na infância está além de uma obrigação social imposta pelos modelos acadêmico e de mercado que vemos hoje. Essa aprendizagem influencia a construção de personalidade de uma criança, pois abre um leque muito maior para que tal criança consuma diferentes desenhos, filmes, livros e músicas em seus idiomas nativos, o que, futuramente, será muito importante para o seu entendimento cultural do mundo e lhe permitirá um acesso mais fácil a diferentes realidades culturais.
Ao aprender um segundo idioma, a criança torna-se mais criativa, aumenta seu pensamento crítico e melhora a flexibilidade da mente. Uma criança processa e absorve informações de forma diferente do que um adulto uma vez que seu cérebro ainda está em desenvolvimento; sendo assim, também aprende mais rápido.
Começando cedo, o aprendizado deste segundo idioma ocorre de forma natural e não somente em conjunto com o desenvolvimento cognitivo da criança, mas também com o desenvolvimento de sua própria língua materna. Crianças demonstram menos vícios de linguagem, menos bloqueios e, o mais importante: crianças não têm medo de errar.
O erro faz parte do processo, mas, muitas vezes, nós, adultos, temos a mania de querermos “ser perfeitos”. Como professora, é fácil perceber o receio de certos alunos ao tentarem se expressar na frente dos demais colegas – não querem demonstrar suas falhas, dificuldades ou fragilidades.
Muitas vezes, um adulto deixa de falar para não errar. Enquanto isso, ontem mesmo uma aluna de 12 anos levantou a mão, pediu para ir ao banheiro e disse “teacher, please, I need to go to the restroom, I’m very apertated”. Ela sabia que talvez a palavra apertated não existisse (e não existe), mas, mesmo assim, ela tentou. E aí eu expliquei que era melhor dizer “I really need to go to the restroom” (eu realmente preciso ir ao banheiro), e, just like that, ela aprendeu a forma correta.
O fato é que se ela não tivesse tentado, se tivesse simplesmente dito a frase decorada “May I go to the restroom?”, ela não teria aprendido uma nova forma de se expressar – nem ela, nem os amigos, que também não sabiam, e agora sabem.
O que fica claro pra quem convive no meio do ensino em inglês, como eu, é que, quanto mais cedo se inicia o processo, maiores são as chances de ele dar certo, pois podemos nos aproveitar tanto das vantagens fisiológicas, como memória melhor e cérebro em pleno funcionamento, quanto das sociais, como a falta de medo de cometer um erro, e aprender a partir dele.
Escrito por Marina Valle, professora do BRASAS.
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